Visto italiano: como solicitar a autorização!
O visto italiano é o sonho de muita gente que deseja trabalhar, estudar ou viver no país da bota. Veja o que é necessário para tirar o seu!
O visto italiano é o caminho mais curto e certeiro para passar períodos prolongados na Itália ou até fixar permanência no país europeu.
Desse modo, você não vai precisar se preocupar com o risco de deportação, terá acesso a serviços públicos de qualidade e poderá até executar certas tarefas livremente, como estudos e trabalhos remunerados.
Esse tem sido o método mais procurado por brasileiros interessados em emigrar para a Europa em busca de melhores condições de vida, menos criminalidade e mais oportunidades de trabalho, estudo e lazer.
O tema, no entanto, ainda gera muitas dúvidas em viajantes do país inteiro. Afinal, brasileiro precisa de visto para Itália? Qual o processo para solicitar o documento? Onde você precisa ir? Quanto custa o visto da Itália?
Neste artigo, vamos responder a essas e muitas outras perguntas que você possa ter sobre o assunto, veja só!
Preciso de visto para entrar na Itália?
O primeiro passo para entender um pouco mais sobre o visto italiano é descobrir em quais situações esse documento é necessário e em quais cenários você está isento de sua apresentação.
Essa análise começa com uma constatação sobre a origem do viajante e inclui também uma reflexão sobre a finalidade da viagem.
Quem tem cidadania italiana ou europeia, por exemplo, não precisa solicitar o visto em momento nenhum.
Se esse é o seu caso, você pode circular e até morar em diferentes países do bloco europeu sem a necessidade de nenhum documento específico, como o visto.
Você não nasceu em um país europeu? Nesse caso, a alternativa é avaliar a finalidade da viagem para descobrir qual tipo de documento você precisa providenciar para desembarcar na Itália, veja só!
Para turismo
Quem está embarcando para a Itália com a finalidade de conhecer cidades turísticas, como Roma, Florença e Milão, precisa definir quanto tempo a viagem deve durar. A resposta para essa pergunta vai apontar se você precisa, ou não, de visto.
Turistas brasileiros podem permanecer por até 90 dias (a cada seis meses) na chamada Zona Schengen, que se estende por 26 países europeus, incluindo a Itália.
Desse modo, se a sua viagem terá duração máxima de 90 dias, você não precisa do visto: basta apresentar os documentos exigidos pelas autoridades italianas.
A lista inclui passaporte válido por até seis meses após o embarque, seguro viagem com cobertura mínima de 30 mil euros e comprovantes de hospedagem (ou carta-convite), passagem de volta e condições financeiras de arcar com seus gastos.
Você vai turistar, mas pretende passar um período maior que três meses na Itália? Nesse caso, a melhor opção é solicitar o visto ainda antes da viagem. O requerimento é feito online, em um dos sites do consulado italiano no Brasil.
Vale lembrar, ainda, que a partir de novembro de 2023 a Itália (e demais países da Zona Schengen) vai passar a exigir a autorização eletrônica de viagem ETIAS, que deve ser solicitada antes da viagem e terá duração de três anos.
Para moradia permanente
A necessidade ou não do visto italiano depende diretamente do motivo e da duração da permanência da viagem no país europeu, como estudo, trabalho, turismo ou residência.
Isso significa que quem deseja morar legalmente na Itália de maneira permanente precisa, inevitavelmente, providenciar esse documento ou a cidadania europeia
Não existe, porém, um tipo específico de visto italiano para moradia permanente.
Você deve descobrir qual modalidade de visto é mais adequada para a sua necessidade e o seu perfil para que possa solicitar o documento certo.
O visto de “residenza elettiva” é um dos mais recomendados para essa finalidade.
Esse documento permite entrar e permanecer na Itália para fins de estada permanente, desde que o estrangeiro comprove ter recursos financeiros suficientes para se manter no país sem trabalhar.
Caso você, no entanto, não disponha desses recursos e precise de uma alternativa que possibilite exercer alguma atividade laboral, não se preocupe.
Você pode solicitar visto de estudante, trabalho, investidor ou até tratamento médico para passar períodos mais estendidos no país.
Tipos de visto italiano
Quem não tem cidadania europeia e pretende ficar mais do que três meses na Itália não tem alternativa: você precisará de um visto para manter seu status de legalidade no país.
O documento, que deve ser requisitado antes da viagem, quando você ainda estiver no Brasil, é disponibilizado ao público em diferentes modalidades, uma mais indicada para cada tipo de necessidade.
Confira os diferentes tipos de visto italiano!
Visto italiano para estudantes
Quem deseja estudar, fazer um curso de idioma ou matricular-se em qualquer curso com duração superior a 90 dias no país europeu precisa, obrigatoriamente, de um visto italiano para estudante.
Esse documento é válido para toda a duração do curso universitário, de intercâmbio, de idiomas, pós-graduação e até estágio no país da bota.
Nessa hipótese, além da documentação básica, você também precisará apresentar comprovantes de vínculo com uma instituição de ensino italiana, como contrato de admissão ou matrícula.
Além disso, você também deverá apresentar o comprovante de hospedagem ou a declaração de hospitalidade, caso esteja residindo na casa de um cidadão italiano ou estrangeiro com residência permanente, e seguro viagem para toda a duração do visto.
E não é só isso: você também precisará apresentar o comprovante de que dispõe de condições financeiras suficientes para se manter durante o período em que residir no país.
Visto italiano para trabalho
A modalidade de visto mais procurada para o país europeu é o visto italiano de trabalho, que abre a possibilidade para que o estrangeiro exerça atividades laborais remuneradas enquanto morar por lá.
O tipo mais comum é o visto de trabalho para quem já dispõe de contrato ou pré-contrato firmado com uma empresa italiana, conhecido como “lavoro subordinato”.
Você é autônomo, empreendedor ou freelancer? As regras para obtenção do visto de “lavoro autonomo” serão ligeiramente diferentes, a depender do tipo final de trabalho, e você precisará apresentar alguns documentos distintos.
Os mais importantes são o atestado de individuação de atuação empreendedora, que comprova seu status de profissional autônomo, e o comprovante de recursos financeiros, emitido pela Câmara de Comércio local.
Existem também vistos específicos para trabalhadores com papel corporativo, atletas, profissionais independentes de startup, jornalistas e outras categorias profissionais.
Outros tipos de visto para Itália
Existe um tipo de visto para cada necessidade na Itália, incluindo opções para quem não vai necessariamente trabalhar ou estudar no país. Confira alguns deles:
- Visto para investimento;
- Adoção;
- Tratamento de saúde;
- Reingresso;
- Trânsito;
- Permesso di soggiorno: Attesa Cittadinanza (para quem quer morar na Itália enquanto faz o processo de solicitação de cidadania italiana);
- Competição esportiva;
- Razões religiosas;
- Visita familiar.
Como conseguir o visto italiano?
Os brasileiros que desejam permanecer na Itália por período superior a 90 dias devem seguir alguns passos para solicitar o visto que permita sua permanência no país.
O rol de documentos exigidos pelas autoridades italianas varia conforme o tipo de visto escolhido, mas alguns documentos são obrigatórios em todos os casos, confira:
- Passaporte válido;
- Fotografia recente, colorida e com fundo branco, no formato passaporte;
- Comprovante de hospedagem ou hospitalidade;
- Comprovante de recursos financeiros para se manter durante o período de permanência;
- Seguro viagem com cobertura médica e hospitalar.
E não é só isso: você também precisará se apresentar a uma repartição consular para solicitar o visto com o formulário de pedido de visto devidamente preenchido e assinado.
Confira outros passos sobre como tirar o visto italiano!
Formulário de pedido de visto para Itália
Uma das etapas mais importantes do requerimento do visto é o preenchimento do formulário para visto italiano, disponível nos sites dos Consulados Italianos no Brasil.
Você deve preencher o formulário com informações atualizadas e corretas, pois qualquer inconsistência na apresentação desses dados pode resultar na negação da emissão do visto.
As informações apresentadas neste formulário serão comparadas aos dados dos documentos que você entregou às autoridades consulares para certificar de que você é realmente quem diz ser e que a sua viagem terá mesmo a finalidade declarada.
Prazos para solicitação e aprovação de visto
Você já reuniu os documentos, preencheu e entregou o formulário de pedido e seguiu todos os passos para solicitação do documento.
E agora, quanto tempo demora para tirar visto italiano?
Em geral, o pedido é processado e o visto é emitido em torno de um mês após a entrega do pedido. O prazo, no entanto, não é fixo e pode variar de acordo com o tipo de requerimento.
Os vistos de trabalho, por exemplo, podem levar mais tempo para serem aprovados: quem já tem contrato de trabalho pode receber a autorização em 30 dias, mas o prazo para trabalhadores autônomos pode ser de até 120 dias.
A Itália é, afinal, um país bastante burocrático, mas lembre-se de que não vale a pena viver na ilegalidade.
É melhor levar o tempo necessário para garantir a documentação em dia do que correr os riscos de quem vive à margem da lei em um país diferente.
Por isso, organize-se com o máximo de antecedência possível para fazer o seu pedido e concluir os trâmites necessários para que não seja necessário adiar ou cancelar a sua viagem.
Quanto custa para tirar o visto italiano?
Os processos de solicitação do visto e apresentação da documentação exigida não são os únicos que devem ser enfrentados pelo viajante. Você também precisará pagar para ter direito ao documento.
Quanto custa para tirar o visto italiano depende do tipo de visto solicitado e o motivo da viagem: o preço varia entre 50 e 116 euros (cerca de R$ 275,00 e R$ 638,00, respectivamente, em cotação feita dia 04/12/2022).
Os vistos de estudo e pesquisa são os mais baratos e saem a 50 euros.
Os vistos de investimento, tratamento de saúde, “residenza elettiva”, reingresso e trabalho, independentemente da categoria solicitada, custam 116 euros.
Qual é a validade do visto italiano?
Assim como o custo da taxa consular, a validade do visto italiano varia conforme a categoria do visto solicitado.
Os vistos de estudo, por exemplo, são emitidos com a validade da duração do curso no qual o solicitante está matriculado: se você vai fazer um curso de seis meses, seu visto terá validade de seis meses. Se o curso durar um ano, o visto, também.
O mesmo acontece com o visto de tratamento de saúde: caso os cuidados médicos tenham previsão de um ano, seu visto também terá a mesma validade.
Os vistos de startup e investidores, por sua vez, têm algumas particularidades: o documento é inicialmente válido por um ano.
Ao final do período, você precisará comprovar a rentabilidade da empresa para solicitar a sua prorrogação.
Mas fique atento! Independentemente do prazo de validade do seu visto, o seu passaporte deve ser válido, obrigatoriamente, por três meses além da data de estadia prevista.
Como conseguir um visto italiano permanente?
Você seguiu todos os passos adequadamente, conseguiu o visto italiano que queria e está vivendo na Itália. O trabalho não acabou. O visto dá permissão à entrada no país, mas não à permanência indefinida.
Para morar permanentemente no país, você precisará requisitar o “permesso di soggiorno”, uma autorização de residência pessoal e intransferível emitida pelo governo da Itália.
É esse documento que possibilitará que você alugue uma casa, tenha direito à emissão da “carta di identità” (o seu documento de identificação italiano) e poderá utilizar o Sistema Sanitario Nazionale, a rede pública de saúde do país.
O documento será emitido conforme a categoria de visto que você solicitou. Isto é, se você entrou no país como estudante, precisará de um “permesso di soggiorno per studio”, e assim em diante.
É imprescindível solicitar o “permesso di soggiorno” em até oito dias após o seu desembarque, em uma Questura (sede da polícia federal do país) ou nos Correios, onde poderá pegar o “kit a banda gialla” com os documentos que deve apresentar.
São eles:
- Formulário devidamente preenchido e assinado;
- Cópia do passaporte;
- 4 fotos em formato de passaporte;
- Cópia da matrícula em instituição de ensino ou contrato de trabalho;
- Cópia do seguro viagem para todo o período de permanência;
- Selo fiscal de 16 euros;
- Pagamento da taxa consular, de 40 euros para período inferior a 1 ano ou de 50 euros para período entre 1 e 2 anos.
A permanência de até 2 anos no país não é o suficiente para você? O melhor caminho é solicitar a cidadania italiana ou europeia.
Brasileiros descendentes de italianos capazes de comprovar a ascendência por meio de certidões de nascimento, casamento e óbito, independentemente do limite de gerações podem requerer o documento.
Em outras palavras, o bisneto de um italiano pode solicitar o reconhecimento da cidadania italiana, mesmo que não saiba o idioma do país.
O processo pode ser iniciado e concluído ainda no Brasil ou diretamente na Itália.
Atualmente, existem escritórios especializados que oferecem esse tipo de serviço e consultoria.
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