Onde fica o Vaticano: tudo que você precisa saber sobre o país!

“Onde fica o Vaticano?” é a primeira pergunta de muitos viajantes que desembarcam em Roma. Mas sabia que, dependendo de onde estiver, talvez você já esteja dentro desse pequeno país?

O Vaticano é o menor estado soberano do mundo, com cerca de 800 habitantes e 49 hectares de extensão e fica no coração da capital da Itália. 

Esse microestado é um verdadeiro tesouro histórico e cultural além de ser a sede da Igreja Católica, que tem mais de 1,3 bilhões de fiéis pelo mundo.

Nesse artigo, você encontrará um guia completo de informações para conhecer o Vaticano, incluindo as melhores atrações nos arredores, opções de trajeto e contexto histórico do país. Vamos lá?

Por que o Vaticano é um país?

O Vaticano foi oficializado como país soberano em 1929, quando o Tratado de Latrão foi assinado pelo governo da Itália e pela Santa Fé. 

O acordo foi realizado para dar fim à chamada “Questão Romana” que durou cerca de 60 anos e foi marcada pelo isolamento dos Papas no Vaticano. Durante quase 6 décadas, os Papas se recusavam a reconhecer o novo governo depois da unificação da Itália em 1870.

A principal razão para essa posição irredutível era manter a independência espiritual do país visto que, assim os Papas podiam liderar a Igreja Católica sem se sujeitar às leis ou pressões políticas de qualquer nação.

Onde fica o Vaticano?

O Vaticano fica na Itália, mais especificamente no coração de Roma a cerca de 26 km do Mar Tirreno. O país fica na margem ocidental do rio Tibre, ocupando a Colina do Vaticano e áreas adjacentes no noroeste da capital italiana.

Inclusive, se você tem curiosidade de saber quais são os países vizinhos do Vaticano, não precisa ir tão longe. Por ser um enclave (um país que está dentro de outro país), a Itália é a única vizinha do estado soberano.

Qual é a capital do Vaticano?

O Vaticano não tem uma capital, por ser um país pequeno onde não existem subdivisões administrativas que justificariam a existência de uma. Essa “pegadinha geográfica” se dá pelo fato de a região ocupar menos de 50 hectares na Itália.

Assim, o Vaticano é menor que muitos bairros italianos e funciona como uma grande sede espiritual, cujo aparato governamental, religioso e administrativo ficam a poucos metros de distância.

Por que o Vaticano fica em Roma?

O Vaticano fica em Roma, capital da Itália, porque sua história contempla mais de dois milênios de fé e política na cidade. Desde o século XIX, os novos governantes italianos queriam oficializar Roma como sua capital.

Porém, o regime de poder dos Papas do Vaticano já existia desde a chegada de Pedro, o primeiro Papa. O mesmo foi martirizado na cidade durante o reinado do imperador Nero e sepultado no local que hoje abriga a Basílica de São Pedro, em sua homenagem.

Os Papas eram, além de líderes espirituais, governantes do Estados Pontifícios antes da unificação da Itália. Por isso iniciaram o protesto silencioso que durou quase 60 anos, quando o Vaticano finalmente foi reconhecido como estado soberano.

Como chegar ao Vaticano?

A porta de entrada para onde fica o Vaticano é Roma, então o primeiro passo para chegar até o país é viajar até a cidade.

Lá, a principal opção de via aérea é o Aeroporto Fiumicino Leonardo da Vinci (FCO), que recebe voos diários de diversas companhias aéreas internacionais.

Ao desembarcar, você pode pegar o trem Leonardo Express e ir até a Estação Termini, no coração da capital italiana, por €14 (cerca de R$ 86,00 em março de 2025).

Quando em Roma, os trajetos até o Vaticano incluem opções de metrô e ônibus. A linha A (laranja) do metrô leva as estações Ottaviano-San Pietro ou Cipro, de onde é possível fazer uma caminhada de menos de 10 minutos até os Museus do Vaticano.

Já no caso do trajeto de ônibus, o embarque é feito na Estação Termini com opções de trajeto pelas linhas 40, 62 e 64. Todas levam ao Vaticano, com bilhetes a €1,50 (aproximadamente R$ 9,00 em março de 2025).

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O que fazer no Vaticano

O Vaticano abriga alguns dos maiores tesouros artísticos da humanidade, por isso, não tenha dúvidas: há muito o que explorar no país-estado!

Abaixo, conheça algumas das atrações que não podem ficar de fora do seu roteiro de viagem.

Basílica de São Pedro

A Basílica de São Pedro é um dos edifícios mais importantes do cristianismo e um ícone da arquitetura renascentista e barroca. 

Com uma vista panorâmica de Roma, a basílica abriga obras primas históricas como a Pietà de Michelangelo e o Baldaquino de Bernini, artistas que participaram do seu projeto de arquitetura.

A entrada é gratuita, mas para subir à cúpula é preciso pagar uma taxa de €8 (R$ 49,00 em março de 2025). É recomendado chegar o mais cedo possível, dada a popularidade da atração mesmo fora da alta temporada.

Capela Sistina

A Capela Sistina é uma das maiores obras primas da arte mundial, famosa pelos afrescos de Michelangelo, incluindo o teto com a “Criação de Adão” e o “Juízo Final”.

Localizada dentro dos Museus do Vaticano, é lá que ocorre o conclave para eleição dos papas. Sua impressionante arquitetura inclui paredes laterais que foram pintadas por artistas renomados como Botticelli e Perugino.

Mas fique atento: não é permitido fazer fotografias dentro da capela para preservar as obras de arte!

A capela funciona de segunda a sábado, de 9h às 18h e tem ingressos a partir de €17 (cerca de R$ 105,00 em março de 2025).

Cemitério dos Papas

Localizado acima da Basílica de São Pedro, o Cemitério dos Papas abriga os túmulos de vários pontífices, figuras históricas e membros da realeza. 

O cemitério é um local de grande significado histórico e religioso e oferece uma perspectiva mais íntima da história da Igreja Católica e da evolução da basílica ao longo dos anos.

A visitação ao cemitério é gratuita, mas precisa ser agendada previamente por meio do site do Vaticano ou na bilheteria local.

Grutas do Vaticano

As Grutas do Vaticano são um complexo de capelas e túmulos que abrigam os restos mortais de papas, reis e santos. Entre os túmulos mais notáveis está o de São Pedro, o primeiro papa.

A atração é uma oportunidade para viajantes que desejam saber mais sobre a história da Igreja Católica e ver de perto elementos arquitetônicos da antiga basílica construída em meados do século IV.

Com funcionamento diário de 9h às 18h, as grutas têm entrada gratuita mas que também precisa ser agendada com antecedência, no padrão do cemitério dos Papas.

Jardins do Vaticano

Os Jardins do Vaticano são um verdadeiro oásis no coração do menor país do mundo. Isso porque eles cobrem mais da metade da área onde fica o Vaticano e incluem fontes, esculturas, monumentos e muitas plantas exóticas.

Entre os jardins o viajante pode conhecer edifícios importantes, como a Rádio Vaticano e a estação ferroviária do país. 

Mas atenção! Para visitá-los, é preciso contratar um passeio guiado com ingressos a partir de €37 (R$ 229,00), que também dão acesso aos Museus do Vaticano.

Museus do Vaticano

Os Museus do Vaticano são um dos maiores complexos de museus do mundo, com uma coleção de obras que contempla milênios de história e arte. 

Fundado no século XVI pelo Papa Júlio II, o complexo continua sendo ampliado com o passar dos anos e inclui atrações populares entre os visitantes do Vaticano, como a Capela Sistina e as galerias dos Mapas e das Estátuas.

Para conhecer os museus é preciso adquirir um bilhete de entrada por €17 (R$ 105,00), que pode ser comprado online e inclui taxa de reserva.

A atração é conhecida por ter filas enormes de turistas, portanto, chegue cedo!

Galeria dos Mapas

A Galeria dos Mapas fica dentro dos Museus do Vaticano e tem cerca de 40 mapas topográficos pintados em suas paredes durante o século XVI, que representam as regiões da Itália e as possessões da Igreja na época.

A atração é um testemunho da importância da cartografia e da geografia durante o Renascimento e sua criação foi encomendada pelo Papa Gregório XIII.

Se você adquirir o ingresso para entrada aos museus, terá acesso liberado para explorar a galeria.

Galeria das Estátuas

A Galeria das Estátuas também fica nos Museus do Vaticano e abriga uma coleção impressionante de esculturas clássicas, incluindo o “Apolo de Belvedere” e o “Laocoonte e seus Filhos”.

Uma das primeiras seções dos Museus do Vaticano a ser aberta ao público no século XVIII, a Galeria das Estátuas é até hoje uma das atrações mais populares entre os visitantes.

Assim como a Galeria dos Mapas, essa atração tem entrada liberada junto ao ingresso para os museus.

Necrópole do Vaticano

A Necrópole do Vaticano é um sítio arqueológico localizado abaixo da basílica, onde acredita-se popularmente ser o túmulo de São Pedro.

O local foi descoberto durante escavações no século XX. Lá, você tem a oportunidade de conhecer a origem fascinante do cristianismo e da história romana antiga.

A atração recebe um número limitado de visitantes por dia e por isso exige reserva antecipada, com entrada a partir de €13 (R$ 80,00 em março de 2025).

Praça de São Pedro

A Praça de São Pedro foi projetada por Gian Lorenzo Bernini no século XVII e é um dos espaços públicos mais famosos e bem preservados do mundo.

No centro da praça dá para ver um obelisco egípcio que foi levado a Roma no século I, enquanto seus arredores ficam cercados por colunas que simbolizam os braços da Igreja acolhendo os fiéis. 

Com entrada gratuita, a atração é sede de eventos importantes, como a bênção papal e outras celebrações religiosas e é mais um dos monumentos históricos do país em homenagem a São Pedro.

É possível morar no Vaticano?

Sim, é possível morar no Vaticano, porém, a residência nesse microestado é estritamente funcional e temporária.

As opções de moradia são destinadas a pessoas que trabalham diretamente para a Santa Fé (Igreja Católica) ou para o Estado da Cidade do Vaticano.

Isso contempla o Papa atual, os cardeais que trabalham na administração vaticana, os membros da Guarda Suíça e seus familiares, além de freiras e padres em serviço.

O curioso é que, assim que alguma dessas pessoas se aposenta ou muda de função, é necessário desocupar a área onde fica o Vaticano imediatamente, seguindo uma tradição milenar.

Como se chamam os habitantes do Vaticano?

Os habitantes do Vaticano são chamados de cidadãos vaticanos ou só vaticanos.

Cerca de 80% da população do país (aproximadamente 800 pessoas) são homens, muitos deles clérigos católicos. Outro detalhe interessante é que ninguém nasce com a cidadania vaticana, nem mesmo as crianças que nascem de pais vaticanos.

A única maneira de ser um habitante oficial do país é trabalhar lá como parte de algum dos grupos citados acima.

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